Ricardo Felício para o Ministério do Meio Ambiente?

Anselmo Heidrich
2 min readDec 6, 2018

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Ricardo Felício

“Bolsa de apostas O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), incluiu o professor de geografia Ricardo Felício entre as opções analisadas para o Ministério do Meio Ambiente. O nome do ex-procurador Paulo de Bessa Antunes, especialista em direito ambiental, também está em avaliação.

“Tudo mentira Professor da Universidade de São Paulo, Felício considera o aquecimento global uma farsa criada por cientistas e organismos multilaterais. Seu currículo foi analisado por colaboradores de Bolsonaro, e ele tem simpatia do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente eleito.”

[https://painel.blogfolha.uol.com.br/2018/12/06/bolsonaro-cogita-professor-que-nega-aquecimento-global-para-meio-ambiente/?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=comptw]

Isso já era previsível e não que eu não ligue para a questão, mas estamos lidando com extremos. Agora temos um grupo que acha que o assunto merece uma reação inversa. Antes nós tínhamos um grupo que achava que a fiscalização, multa e tributação eram suficientes. Não vejo solução em nenhuma dessas perspectivas.

Imagine um profissional capaz de montar uma equipe com experiência de MP em causas ambientais e de empresas ligadas ao setor? Capaz de depurar preocupações ambientais legítimas (extinções, equilíbrio homeostático etc.) com meios de desenvolvimento econômico que permitam a resiliência dos sistemas (hidroelétricas que permitam o percurso de espécies nos rios, mesmo que em menor quantidade etc.).

Agora, em termos mundiais, o que isto tudo representa? Os principais fatores ligados à emissão de gases-estufa continuarão ocorrendo. Olhe para todos os conflitos mundiais atuais em larga escala, eles são por causa das reservas de hidrocarbonetos. Tu acha mesmo que irão parar ou substituir? O que pode ser feito é minimizar o problema, mas não substituir integralmente as fontes. Rússia e O. Médio continuarão exportando petróleo e gás baratos, EUA, Europa e China continuarão importando em larga escala.

No caso específico do Brasil, um dos fatores são as queimadas. Aqui mesmo no meu bairro, elas são frequentes. No interior do RS, agricultores e pecuaristas o fazem e alegam que obedecem normas ambientais, enquanto que os MPs negam. Simplesmente, não conseguirão fiscalizar e multar a todos e as consequências ocorrerão, como aliás já estão ocorrendo.

Anselmo Heidrich

06 dez. 18

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